quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

BOCA

Até onde a solubilidade de um sorriso?
A carne espessa, marcante,
De vermelho suave,
Assume uma narrativa própria,
Esvanece, simula uma fruta;
E depois quer morder, furtiva,
A própria metáfora gasta.
O suco da metáfora escorre,
Acidula os lábios
Como uma obsessão algo prazerosa.
Até onde o nomadismo de um nome?
O suco desta boca erótica
É o sonho inoculado na realidade,
Modificando-a como quisera
A visão política de Derrida.

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