domingo, 31 de agosto de 2014

VENENO

Uma mulher
Com cheiro de febre
É construída pela luz
Que invade meu quarto.
A luz sua um pouco.
Sua dádiva é um sol
Ardendo meus nervos
Com suavidade.
Carícia febril.
Nervuras de folha
Atiçam as narinas
De minha memória.
Toda felicidade
É um veneno
Que brilha,
Um veneno
Que mata
Com a claridade
Do dia.

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