domingo, 22 de junho de 2014

SEM TÍTULO (UM ESBOÇO LIQUEFEITO)

Um esboço liquefeito
De sorriso se esconde
No meio da multidão.
Sonha escondido.
Traça trejeitos de camaleão.
Uma embriaguez meio groupie
Tieta o sorriso,
O incentiva a fugir de si mesmo,
Depois a ceder.
Camaleôntico, cede a si mesmo
E até às coisas
Que estipulam seu derredor.
Esse sorriso esbarra
Em mim, sem querer,
E uma sensação de efeito
De fluoxetina contorna
O gesto performático
Que é minha psique.
Euforia o beija, depois sono.
Uma cafetina não deixa
Algum estranho fluxo escorrer,
Como uma festa de urina.
Porém o gesto performático
Se liquefaz em esbocejo
De um sorriso que se esconde
No meio da multidão.

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