Ouço
o chamado.
Parto
em busca de sua origem.
Seu
silêncio zumbisca em meus ouvidos
Como
abelhas místicas.
O
Verbo é um zumbido de abelhas místicas
Procurando
mel.
Parto,
nômade, aprendendo a organizar
O
místico zumbido
Que
faz escorrer mel de meu ouvido.
Percorro
o mundo.
Pernoito
todas as noites.
Se
perdido, perdio sigo.
O
mundo me percorre
Em
minhas veias viajantes.
Encontro
partes de Deus por toda parte.
Seu
sangue regado em árvores,
Ainda
palpitante, seiva.
Sua
carne em esgotos,
Devorada
por ratos abençoados;
Em
pratos variados,
Mas
com mais tempero nos dos pobres.
Como
pregar a todos o pregado na cruz,
Se
já esquartejado?
Deus
se expandiu.
Não
é preciso recolher seus pedaços.
Deus
morto: enfim, o sagrado.
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