O
poema aparece
Na
vida do dia
Como
uma aberração.
Uma
aberração
A
partir da qual a noção
De
belo e feio
Escasseia
o sentido,
E
sofre fusão.
A
aberração
Berra
silêncio
No
ouvido já doente
De
beleza e de pavor.
O
poema aparece
Já
perene
No
túmulo do ouvido
Como
um cadáver
Que
não desaparece,
Irresistivelmente
coberto
Com
um manto
Da
mais maravilhosa flor.
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