quinta-feira, 8 de maio de 2014

SEM TÍTULO (ESTRELA PERFUMADA.)

Estrela perfumada.
Seu susto perpetua uma luz maníaca
Na memória da noite.
Seu perfume acre estipula
Uma bela e sinistra cantiga
De línguas agudas.
A memória da noite é uma serena
Aberração da vertigem.
Há uma nanoperformance
Ocorrendo nos bigodes
Do gato palhetando
O escuro com as patas.
Minha mão brincando
De pegar a estrela
Parece uma planta carnívora esdrúxula.
Fica perfumada.
Há uma suave
Sensação eólica nos vãos dos dedos.
Colírio prateado
Quase afoga uma formiga
Perto da grama
Com sutil ataque epiléptico.
Meu cão cochila um sonho
Que tateia minha perna.
Ela (e eu) também adormece. 

Nenhum comentário: