Mulheres
escarificam poemas em seus corpos.
Os
poemas sacrificam danças e encenam rituais.
Sua
polissemia dançante elabora uma hermenêutica
Da
idade das civilizações na pele,
Ao
mesmo tempo em que uma idade única
É
refundada a todo momento.
Os
poemas performatizam os corpos,
E
os corpos se escrevem.
Toda
escritura é em vermelho.
Há
sangue em cada poema
(Não
somente uma gota).
Os
olhos preciosos das mulheres
Acendem
seus poemas na escuridão.
Elas
recitam as dores e as alegrias dos poemas
Que
(as) conduzem rasgados no corpo.
Elas
andam com a respiração do ritmo
De
quem fosse a máquina do mundo...
Pode(m)-se
dizer que são.
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