Fantasio,
quero pegar, comer a Beauvoir.
Mas
não a pegaria ou comeria em hipótese alguma,
Pois
seria um machista:
Mulher
não é objeto que se pegue,
Nem
comida que se coma.
Porém
fantasio, e esta ação de meu pensamento
É
incancelável, e quase incalculável.
Fantasia
não persegue regra moral,
Então
a exponho com todo o desejo
E
sem nada que me faça parar.
Pegar
e comer...
Não
seria bem assim.
Ser
pego talvez fosse melhor.
Beauvoir,
se me aceitasse como este machista,
Poderia
me amarrar
E
ensinar filosofia de forma enérgica,
Literalmente
me colocar com a cara
Em
seus pés,
Me
forçar a lições
Que
nenhum discípulo teria coragem
De
executar
(No
banheiro, tirar fotos é coisa de padre),
Me
enjaular até que aprendesse
Na
força todas as suas reflexões feministas.
No
final, ela diria
Que
esta minha fantasia
Não
iria plenamente se realizar,
Pois
não faria um machista gozar.
“Chora,
bebê, deseja e chora
Perante
o segundo sexo”.
“Sim,
Madame de Beauvoir, sim:
Buá,
buá”!
Nenhum comentário:
Postar um comentário