sexta-feira, 11 de abril de 2014

MAIS UM POEMA AMOROSO

Redescubro minha amada
Pelo cheiro da privada.
(Ela cospe em minha comida,
Mas eu gosto de cuspida.
Brinco de cafetão,
E ela de puta de lixão.
Depois, ela de cafetina
E eu de seu cão de esquina.
Temos dúvida entre um filho
E uma pequena plantação de milho.
Em público, às vezes me humilha
Como pai batendo em filha;
Mas é birra de amor,
E toda esta ira e este ardor
São fantasia que mais inflama
Quando a chama chamusca a cama).
- É de pizza este poema,
E até cada morfético morfema
Me lembra dela,
Que minha cueca mela
Desde que estava no cueiro,
Pensando em seu cu no banheiro.

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