segunda-feira, 21 de abril de 2014

FATALISMO

Não me olhe
Como se Lolita Slave Toys
Fossem reais.
Mudemos a paisagem.
Faça do olho a própria imagem:
Nervuras em uma floresta
Levemente folheada
Por camadas finas de luz solar
Como sobreposição amanteigada.
Por que tanto medo?
Te preencherei de lirismo,
E nenhum membro amputado
Ou perversidade
Sangrarão nesta floresta quieta.
Continua temendo tanto?
Que seja então a floresta
Arte fractal,
Na qual você é a artista
Em busca de uma poética do olhar.
O medo permanece?
Nem a arte salva?
Nem uma camada de luz
Amanteigada aquece?
Baby, não existe nenhuma Slave.
Mas, está bem...
Sei que tudo é terrível...
Sei que tudo é tão terrível...
Eu sei...

Um comentário:

Hercília Fernandes disse...

Gostei tanto deste poema...
Beijo, Bonfá!