Este
mênstruo lunar
Já
me incomoda,
E
o espectro
De
nenhum complexo
Sente
culpa.
Aqui
não há só representação,
Não
há só um.
A
unidade da identidade
Está
ali, na metade
Da
zona de sombra,
Mas
esta sombra é também obra:
Mênstruo.
Porém
me incomoda.
O
sangue dispersou
E
tingiu estrelas,
Atingiu
uma órbita
Muito
além da prevista.
A
lua zumbi,
Doadora
de sangue,
Encena
uma morte langue.
O
céu é um palco de sacrifício.
Belo
artifício...
Mas
sangrou demais
A
lua defunta
Que
ainda interpreta uma rainha
De
marfim de elefante alvejado.
A
lua defunta rocambola no espaço.
Parece
de marfim, parece de aço.
Talvez,
ao invés de mênstruo,
Seja
suicídio?
Ouço
um choro de bebê sem regaço.
Na
minha órbita
Se
pode assistir ao fim do teatro:
A
lua defunta
E
um choro de bebê no espaço...
Aqui
não há só representação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário