terça-feira, 5 de fevereiro de 2013


O homem ridículo passa na rua.
Como ele é ridículo
Não é necessário dizer.
O homem ridículo é mesmo
Até sem o saber.
Mas todos sabem
Quando o homem é ridículo.
Porque o homem ridículo
Não é um homem só
Nem só um homem,
Ainda que humano até a azia.
Ele só é ridículo
Quando o sabem ridículo,
E isto o torna necessário
Em sua ignorância
E em sua inecessidade cotidiana.
O homem ridículo
É uma espécie inútil
Pois sua importância
Está além de qualquer humanidade
Que se proclama.
O humanismo do homem ridículo
É sua própria ridicularidade
E a ignorância de si que dela emana.
Mais humano que todos
(Assim posto, o mais ridículo)
É o ridículo que, na ignorância,
Supõe que ama e que alguém o ama.

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