O
homem ridículo passa na rua.
Como
ele é ridículo
Não
é necessário dizer.
O
homem ridículo é mesmo
Até
sem o saber.
Mas
todos sabem
Quando
o homem é ridículo.
Porque
o homem ridículo
Não
é um homem só
Nem
só um homem,
Ainda
que humano até a azia.
Ele
só é ridículo
Quando
o sabem ridículo,
E
isto o torna necessário
Em
sua ignorância
E
em sua inecessidade cotidiana.
O
homem ridículo
É
uma espécie inútil
Pois
sua importância
Está
além de qualquer humanidade
Que
se proclama.
O
humanismo do homem ridículo
É
sua própria ridicularidade
E
a ignorância de si que dela emana.
Mais
humano que todos
(Assim
posto, o mais ridículo)
É
o ridículo que, na ignorância,
Supõe
que ama e que alguém o ama.
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