Micromultíplices
Luzes estrelinas –
Já brandas,
Não tão luciferinas –
Entranham
Nas minhas entrelinhas,
Estranham
As luzes de cá dentro,
Escuras e sangrentas,
Que eu fermento
Contra a favor
Das luzes das estrelas
Que eu ungüento
No sêmen de meus olhos,
Ao relento;
E nada me cura mais
Que este veneno
(Nem vinho do Reno,
Que eu não bebo),
Pois o meu belo,
Também anestésico,
É ser um lobo,
Ao redor de vários,
Devorador de estrelas
Ao som anônimo
De um stradivárius;
E quando desesperada
Brilhante aléia
Sucumbir perante a alcatéia,
As últimas estrelas
Darem um tísico,
Mas virilmente lésbico,
Liliputano sorriso
Para que suas luzes,
Manchando um pelotão de puses,
Transformem o céu
Numa gigantesca gonorréia.
Um comentário:
Yey, muuuito bom! Gosto da sua ironia, da maneira como mistura coisas "purulentas" a um vocabulário refinado, hahaha
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